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For me, this trio album, recorded live at Barber Fuji in Saitama, Japan in September 2019, is the most beautiful album of Guilherme that I know. It was mixed, mastered and cover art by Carlos Santos, and released in May 2020 in the middle of the Covid19 crisis. It contains 4 track, each of them being a masterpiece of meditative free improvised chamber music that combines Western aesthetics with Eastern meditative depth. "I" starts with a pulsating pizzicato of the violin and cello, and incredible percussion sounds. Guilherme and Naoki starts then to bow in a distorted, expressive way, and return to "fake" sounds end effects. There is a certain tension in the air, yet at the end everything return to a peaceful synergy. "II", the over 13 minutes long highlight, is similar, yet very different. Again, "fake" sounds of hard-to-guess-origin are omnipresent in the beginning, but then full of expression bowing starts. The final is again more peaceful and joyful, with repetitive, minimal motifs. "III" is a shorter track that combines abstraction and openness with the minimal music elements. The closing "IV" is a 10 minutes long musical journey between West and East with violin sounding sometimes like koto and cello like an approaching thunderstorm.
I am ashamed of not knowing Naoto Yamagishi (born 1979) earlier -- for me one of the most interesting percussion discoveries of the recent years. Maciej Lewenstein

 

Este encontro Japão-Portugal ocorreu em setembro de 2019 no Barber Fuji, em Saitama. Naoki Kita (violino), Naoto Yamagishi (percussão) e Guilherme Rodrigues (violoncelo) se uniram para uma sessão de improvisação livre, que rendeu cerca de 40 minutos de música repartidos em quatro temas. Aqui temos perceptíveis influências do free impro japonês, inclusive com elementos noise sensivelmente presentes. A gravação mostra o trio em áspero diálogo, que tem nos momentos mais ríspidos seu melhor. A música oscila entre passagens mais detalhistas e pontos de ataques ruidosos mais explícitos, em sequências que guiam os ouvintes por labirintos sem muita clareza de para onde se está indo. De um modo geral, as peças começam de forma mais calma, com os sons vindo e crescendo aos poucos, sendo por vezes um processo muito imagético, chegando a parecer ter sido desenvolvido com o propósito de dialogar com imagens. A faixa III é a que melhor condensa a proposta do trio, com a música logo rumando para seus picos, soando especialmente cortante passados menos de três minutos. De pizzicato delicado a linhas rascantes, violino e violoncelo compartilham trilhas entrecortadas pela percussão em uma sonoridade que pode oscilar na mesma peça entre ecos meditativos e ataques penetrantes. Fabricio Vieira (FreeForm, FreeJazz)